segunda-feira, 9 de junho de 2014

4 CAUSAS DE DOR E/OU INCÔMODO DURANTE O SEXO (SAIBA O QUE É VAGINISMO)

Olá meninas... Hoje vou compartilhar com vocês a matéria que escrevi para o site SUPERELA.COM.
Nem sempre dor durante a relação sexual é vaginismo, essa matéria pode te ajudar com algumas dúvidas...

Beijos
Fernanda Pacheco



4 CAUSAS DE DOR E/OU INCÔMODO DURANTE O SEXO (SAIBA O QUE É VAGINISMO)

Hoje vamos falar de sexo… De sexo e de dor durante o sexo. Sim!!! Isso existe e é mais comum do que vocês possam imaginar. Pode parecer que essas duas coisas não se relacionam de forma alguma, mas infelizmente cerca de 20% das mulheres brasileiras sentem dores com frequência, durante o ato sexual. A relação sexual que geralmente é falada e descrita como algo prazeroso, pode ser um verdadeiro tormento na vida de muitas mulheres. As vezes, a dor durante a penetração é tão intensa que impossibilita o sexo.
Não é normal sentir dor durante o sexo! Se isso acontece com você, é sinal de que pode estar acontecendo algum problema de causa psicológica ou orgânica. E o primeiro passo para tentar resolver essa questão é discutir esse problema com o seu ginecologista, ou ainda procurar um fisioterapeuta especializado em uroginecologia.
Depois que o programa Bem Estar (da globo), abordou o tema VAGINISMO, tenho recebido em meu consultório muitas mulheres que se identificaram com os sintomas relatados pelo programa. Porém nem sempre a causa de dor durante a penetração é o vaginismo. Vamos falar aqui, de ALGUMAS das causas mais comuns de dor durante o sexo.

1. VAGINISMO

Quando é tentada ou prevista uma penetração ocorre uma contração involuntária dos músculos do períneo impedindo ou dificultado o ato sexual. Geralmente essa tentativa de penetração e impossível e vem acompanhada de muita dor. Mulheres que possuem esse problema costumam relatar que parecem sentir uma espécie de bloqueio especificamente na entrada da vagina (tipo uma parede). Além da dor e da dificuldade ou impossibilidade da penetração, essa mulher pode sentir também muito ardor na entrada da vagina, tremores em pernas e glúteos, calafrios e sudorese. Essa disfunção geralmente acomete as mulheres mais jovens (entre 18 e 30 anos) que possuem fobia (medo) de serem penetradas. Sendo assim, o vaginismo é a maior causa de casamentos não consumados e também uma das causas de infertilidade. Triste não e mesmo? A boa notícia é que uma vez diagnosticado e iniciado a terapia psicológica e a fisioterapia especializada, a cura é rápida e em 100% dos casos. Legal né?? Eu tenho o maior orgulho de dizer que já ajudei centenas de meninas a ficarem curadas dessa disfunção ;) .

2. DISPAREUNIA

Se o vaginismo acomete geralmente mulheres mais jovens, a dispareunia é mais frequente em mulheres que enfrentam a menopausa (acima dos 45 anos).  Sabemos que alguns anos após a menopausa, a deficiência de estrogênio (hormônio feminino) pode gerar alterações na pele e na mucosa vaginal. A vagina perde a sua elasticidade e torna-se mais ressecada. Isso já e suficiente para deixar o sexo bastante incomodo ou doloroso. Nessa situação, não só o início da penetração torna-se difícil e doloroso, como também no decorrer dos movimentos sexuais. A mulher com dispareunia costuma queixar-se de sentir atrito durante o movimento de “vai e vem”. Muitas vezes o uso de lubrificante vaginal não é suficiente para evitar esse atrito. Os médicos ginecologistas costumam encaminhar frequentemente essas pacientes para a fisioterapia uroginecológica com a finalidade de melhorar a qualidade da mucosa vaginal, do tônus da musculatura perineal e consequentemente da lubrificação vaginal. 
E necessário excluir outras causas de dispareunia, são elas a endometriose, cistite intersticial, constipação intestinal crônica, pólipos em colo de útero ou vagina etc. Mantenha seu exame ginecológico em dia!

3. VULVODYNIA

Essa disfunção é a menos comum (ainda bem, pois é a mais difícil de tratar) e constantemente é confundida com o vaginismo. Porém nesta disfunção o principal sintoma relatado é a sensação de queimação e dor não só durante o ato sexual, como também ao simples toque. O que dificulta até mesmo a higiene íntima. O simples fato de secar o xixi pode ser um tormento! As vezes a sensação de dor em queimação só ocorre quando é provocado algum contato na região da vulva e/ou do clitóris e as vezes essa dor é espontânea, sem nem mesmo ter sido provocada por um toque. Há casos, que nem mesmo é suportável usar calcinha ou absorventes. Recomenda-se o uso de roupas leves e folgadas, uso de calcinhas 100% algodão, higiene íntima com sabonetes de glicerina sem cheiro e a utilização de óleos vegetais durante a relação sexual. O tratamento dessa disfunção é multidisciplinar e pode envolver o médico ginecologista especialista em dores vulvares, terapeuta sexólogo, nutricionista funcional, fisioterapeuta urogenital e possivelmente um fisioterapeuta RPGista já que esse diagnóstico costuma ter associação com problemas lombares. É possível também, em alguns casos a associação do aparecimento da vulvodynia com eventos de candidíase genital ou ainda pós herpes genital. A causa dessa disfunção ainda é desconhecida, porém o tratamento multidisciplinar tem se mostrado bastante eficaz em reduzir os sintomas e melhorar BASTANTE a qualidade de vida destas mulheres.

4. PARCEIRO “GG”

Deixei esse por último! rsrsrs
Parece brincadeira, mas pênis muito grande também pode gerar dor! Geralmente a dor ocorre em fisgadas e no fundo da vagina. A sensação é como se o pênis esticasse toda a vagina, chegando a bater no colo do útero. E quando o sexo acaba, pode ser que essas mulheres sintam uma sensação de cólica na região do baixo ventre (semelhante a uma leve cólica menstrual). Geralmente esses incômodos só ocorrem nas posições que favorecem uma penetração mais profunda (de quatro apoios, por exemplo). As posições que facilitam a penetração profunda são as preferidas dos homens, se o seu parceiro tem um pênis GG (não conte para a concorrência!!! Brincadeirinha! rsrsrs), avise ele do incômodo que você sente, assim ele pode tentar controlar para não penetrar todo o comprimento do pênis. Se mesmo assim o parceiro não colaborar, procure colocar a sua mão esticada ao lado da vagina, isso irá funcionar como uma barreira (detendo de 2 à 3cm a menos de profundidade) ou ainda coloque uma toalhinha em forma de rolo entre o seu corpo e o do seu parceiro.
Cada mulher tem uma medida de vagina diferente, pode variar de 6 a 15 cm de profundidade e de 2,5 à 6cm de diâmetro (na entrada). Isso depende da estatura da mulher e da raça. Geralmente as orientais possuem vaginas mais curtas e apertadas, as negras possuem vaginas mais apertadas e longas e as mulheres caucasianas possuem vagina mais larga (na entrada) e o comprimento pode ser compatível ou não com a estatura da mulher. Então o tamanho do pênis pode ser grande ou pequeno quando considerado também a anatomia da parceira. Um pênis de 14cm (considerado abaixo da média brasileira) pode ser grande demais para uma mulher oriental e pode ser pequeno para uma mulher branca ou negra de estatura alta. Tudo é relativo! (rsrsrs).
Existem algumas outras causas de dor durante o sexo. Antes de tomar conclusões a respeito do seu problema procure ajuda de um ginecologista, faça seus exames ginecológicos periodicamente e evite maiores inconvenientes.
Para te ajudar no tratamento das disfunções citadas acima, a fisioterapia uroginecológica e a terapia sexual podem ser grandes aliadas!
Espero que depois dessas dicas, todas vocês possam curtir muuuuito o sexo e SEM DOR!!! Quem gostou e tem dúvidas sobre esse assunto, pode escrever aqui embaixo ou enviar e-mails. Responderemos todos! E se você tem alguma sugestão para a nossa próxima matéria, deixe aqui também a sua sugestão.


4 comentários:

Curso de Fisioterapia disse...

Gostei do seu blog!

Anônimo disse...

Depois de passar por inúmeros ginecologista, graças ao meu psiquiatra que me indicou uma ginecologista de sua confiança, ela diagnosticou vaginismo. Eu nunca havia falado sobre essa palavra. Eu me casei e sempre fui a ginecologistas sem problema, sem dor. Mas quando fiquei diante de problemas de saúde familiar, comecei a sentir dor durante a relação sexual e durante exames de toque, preventivo e transvaginal. Comecei a fazer terapia c psicóloga e psiquiatra por causa da depressão e ansiedade. Mas enfim, fui diagnosticada há aproximadamente 1 ano com vaginismo, mas a ginecologista só falou da terapia e que eu já faço há 7 anos.
Por acaso vi no site de Drauzio Varela um link vaginismo, isso tem uns 2 meses, clique e vi que na USP tem um trabalho de fisioterapeutas para vaginismo. Moro em Salvador e gostaria de saber se a senhora pode me indicar um fisioterapeuta que trabalhe com esse sofrimento, pq dói muito.
Tenho 32 anos e comecei a sentir essa dor aos 28 anos. Me separei em 2011 e desde então não permito outra relação para evitar dor. E também pq sinto dor com exames de rotina. Agora que sei que além da terapia que faço existe um tratamento de fisioterapia, e cura p o vaginismo, farei de tudo, inclusive divulgar esse assunto. Eu achava que era a única! Essa ginecologista que diagnosticou o vaginismo em mim me disse que até o momento só havia tratado 4 pacientes como eu.
Se puder, responda essas minhas questões no meu email: huijunqueira@yahoo.com.br
Obrigada.

Claudio Elias Do Nascimento 348.438.21 visualizações disse...

Oi pessoal

Unknown disse...

Olá bom dia,por favor poderia me indicar vem Curitiba PR alguma ginecologista , pois minha filha casou e não consegue ter relação sente dor , queima ,e e ela irá morar em Curitiba ou até mesmo em Maringá.pr alguma Dra! Por favor, fone 44 998322091 obrigada