Olá meninasTrago hoje um presente pra vcs! Mais uma história de superação e sucesso
com o tratamento fisioterápico.
Semanalmente lá na UROFISIO damos várias altas para pacientes que anteriormente tinham o diagnóstico de vaginismo, porém somente algumas nos enviam depoimentos. Acho uma contribuição importantíssima para ajudar outras garotas que passam pelo mesmo sofrimento. Porém algumas pacientes são tímidas e não desejam escrever e compartilhar a sua história. Temos que respeitar isso! Essa paciente do depoimento abaixo, foi uma das pacientes mais proativas que já conheci! Ela é fantástica! Levantou a bandeira do vaginismo e criou vários grupos de ajuda online, onde ela e outras garotas trocam incentivos para alcançar a cura. Um dia quem sabe, o livro que ela deseja tanto escrever estará disponível nas bancas e ajudando milhares de mulheres por todo o Brasil. Parabéns querida!!! Siga em frente, pois um caminho de felicidade te espera!!!
Segue o depoimento da paciente de 34 anos que com 12 sessões de fisioterapia e com ajuda de tratamento psicológico, conseguiu superar essa disfunção sexual que traz grande prejuízo para a qualidade de vida de qualquer mulher.
“ Tive minha primeira relação muito nova e uma profunda
decepção quanto ao sexo. Eu já conhecia o meu corpo e já sentia orgasmo quando
me masturbava, então achei que sentiria a mesma sensação com a penetração. Mas
não foi bem assim... Senti uma dor enorme e carreguei esse medo por 20
anos.
Passei a adolescência entre namoros de
beijos e abraços, também com limites para carícias mais íntimas, era o que
fazia para substituir o sexo, que eu tanto tinha medo.
Aos 22 anos, conheci um homem que era 20 anos mais velho. Na
minha primeira vez (traumática) eu era muito nova então achei que com 22 anos e
com um namorado mais velho e mais experiente talvez eu conseguisse. Na hora H,
o medo e o desespero tomaram conta de mim que tive crise de choro e horror a
tudo que ele tentava fazer ou até mesmo falar.
Depois de tantas tentativas sem sucesso, ele acabou me dizendo
que eu deveria refletir e ver isso, pois não era normal! E que futuramente eu
poderia virar lésbica!
Eu fiquei arrasada! Passei uns três anos sem namorar ninguém,
sem dar e nem receber carinho algum. Na faculdade, me envolvi em dois
relacionamentos sem sucesso...
Quando achava que tudo estava perdido, conheci um rapaz ficamos
amigos e depois de dois anos finalmente namoramos. Ao iniciar o namoro, como já
o conhecia e confiava nele, falei do medo que tinha. Ele ouviu tudo e disse
"vamos ver isso", a cada palavra de socorro ele dizia: "a gente
vai resolver isso". Então, numa noite em que dormia na casa dele e no
quarto dele, tivemos nossa primeira intimidade. E quando ele tentou penetrar,
tive uma crise de choro! Ele me acalmou e disse: "Eu sei o que você
tem...Você tem VAGINISMO!". Eu nunca tinha ouvido falar! Aí ele completou:
"leia sobre o assunto na internet". Durante o relacionamento,
procurávamos por especialistas no assunto e a única coisa que encontrávamos
eram depoimentos de mulheres com vaginismo ou páginas de especialistas que
apenas falavam do assunto, davam palestras e diziam que existia cura. Na época
só de imaginar como seria o tratamento, sentia fobia... Então preferi acreditar
que mesmo sem tratamento um dia naturalmente aconteceria com meu atual
namorado.
Um dia me confidenciei com uma colega que era psicóloga, e ela
me indicou tratamento psicológico. Fui com o meu namorado e fiz algumas
sessões. Ela me passou exercícios, os quais não consegui ter nenhum
desenvolvimento. Acredito que não consegui pq não dei sequencia ao tratamento.
Fiquei noiva e após três anos rompemos! Descobri no facebook
dele mensagens para uma amiga que diziam: ”-Eu, casar! Tá doida!! Me casar com
uma vagínica!!! Mulher cheia de traumas!!”. Nossa... O meu mundo foi ao
chão... Fiquei louca!
Conheci outro rapaz e depois de tantas tentativas frustradas,
lembro dele deitado na cama com lágrima nos olhos dizendo que não dava mais
para continuar! Fiquei com esta imagem na cabeça e assim que cheguei em casa,
fui direto no facebook procurar alguma página que falasse do assunto e do seu
tratamento, pois estava disposta a fazer. Achei duas VAGINISMUS NO BRASIL e
GRUPO DE APOIO A MULHERES COM VAGINISMO.
Postei minha história nos grupos e o primeiro especialista a
querer saber sobre meu caso foi um psicólogo do RIO de JANEIRO que tbm é
sexólogo. Marquei uma consulta com ele e o mesmo foi me dizendo "Tem
cura!". Fiz umas 4 sessões onde meu estado emocional estava muito bem,
porém tratar da parte física ainda deixava a desejar. Então encontrei uma
pessoa do grupo que estava em tratamento e já olhava a penetração sem receio
nenhum. Nos adicionamos no face e a mesma me aconselhou a fazer tratamento com
uma fisioterapeuta pélvica. Eu nem sabia o que era. E ela logo me deu nome de
outra menina que havia de curado na 8° sessão com fisio. Eu, rapidamente a
procurei no face e contei toda minha história, o medo que tinha de colocar até
o dedo. Ela me deu o mesmo conselho e uma especialista de Minas Gerais falou da
Dra Fernanda Pacheco aqui no Rio. Disse para procurá-la. Antes de ir, voltando
na sessão com Dr. Augusto (psicólogo) o mesmo disse para então iniciar o
tratamento da fisioterapia reforçando a indicação da Dra Fernanda.
Marquei avaliação com Dra. Fernanda e quando a ouvi falar do
modo como ela trata do assunto segurei o meu choro, pois graças a Deus ouvi
alguém falar do meu problema com total confiança, de que existe, não é frescura
e que tem cura.
Na semana seguinte dei início à minha primeira sessão com muito
medo de não conseguir a tão sonhada penetração com dilatador. E para a minha
felicidade consegui na primeira sessão!!! Não senti a dor que sempre vinha ao
tentar ser penetrada. Apenas uma ardência mínima em um determinado momento e
que passava logo em seguida. Fui fazendo os exercícios e passando por cada
etapa do tratamento da fisioterapia, quando conheci um rapaz e fiz minha
primeira tentativa. Um resultado bom pra quem tinha medo só de ser encostada.
Só entrou a ponta e nada mais. Ficamos rindo e o mesmo que sabia de minha
situação, pediu que parasse e continuasse com o tratamento, pois falava pouco
para cura.
Passado semanas nada do rapaz voltar a querer me ver, conheci um
outro rapaz que logo quis me namorar. Dei término ao anterior e iniciei namoro
sério com o atual. Namoro vai, namoro vem e cada vez mais quente, contei do
tratamento do vaginismo, enfim... Ele disse que estaríamos juntos e que me
aceita do jeito que sou. Tivemos nossa noite de amor. Ele super gentil e
romântico. Logo na primeira tentativa para penetrar, entrou tudinho! Não
acreditei!!! Fiquei de 10 a 20 minutos com pênis dentro de mim. O MEU DIA
CHEGOU E JUNTO A ELE O SONHO DE UM DIA SER MÃE, MULHER, ESPOSA E FELIZ FORMANDO
MINHA FAMÍLIA.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário