segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Uma Ex- vagínica, mãe, mulher e feliz!

Olá meninas...

Peço desculpas no atraso das postagens aqui ... O consultório está tomando grande parte do meu tempo! Prometo que irei atualizar com mais frequência!

Deixo hoje aqui um depoimento muuuuito emocionante... Fiquei extremamente feliz com a conquista dessa paciente! O depoimento é longo, mas vale muuuito a leitura!!!

Inspirem-se!!!





"Olá Meninas, eu hoje com muita felicidade faço parte do grupo das ex- vagínicas, interessante que quando digito estas palavras mal posso acreditar que isto está acontecendo comigo!

Pois quando lia algum depoimento que alguém dizia que era uma ex- vagínica, meu coração se enchia de esperança, apesar das inúmeras frustrações em alcançar a cura, eu me perguntava: Será que um dia serei  ex- vaginica também? Será que um dia estarei no grupo das mulheres que venceram esse gigante, que atormenta a vida sexual e se alastra por todas as áreas de nossas vidas?

Todos os dias eu acordava com essa pergunta e com minha luta que começou um pouco tarde, pois descobri aos 33 anos que tinha vaginismo. Mas porque tão tarde?

 O INÍCIO: Conheci meu esposo aos 26 anos, antes dele tive outros relacionamentos, porém sem relação sexual, pois tive uma criação muito rígida, sabia que não podia ter relações sexuais, fora do casamento. De uma família muito tradicional e religiosa, não se falava em sexo e nem em sexualidade, tudo que fiquei sabendo foi sozinha, amigas que casaram digamos que cedo, comparado a mim, diziam que doía muito, isso eu ouvia sempre.

Mesmo depois de começar a namorar meu esposo, não tive relações sexuais com ele, namorávamos muito e haviam certas intimidades, mas nada de sexo, pois dizia a ele só depois do casamento e a vida seguia, então com o passar dos anos (sete anos depois) alguns tabus foram caindo, até que resolvemos nos dar esse prazer. E pra nossa triste surpresa foi um dia muito  frustrante, pois não conseguimos ter relação sexual.

O QUE SENTIA? Parecia uma parede, nada penetrava! Minhas pernas (na parte inferior da coxa) ficavam tão enrijecidas, que depois eu sentia dores. E aí iniciava a nossa luta! Tentamos outras vezes mas foi em vão, daí começavam as brigas, eu vivia triste, brotava em mim um sentimento de inferioridade e todas as vezes que tentávamos ter relação, ao final acabávamos brigando.

Na luta de vencer o que eu não sabia exatamente, bebi vinho, compramos xilocaína em spray e nada, nada adiantou! Até que resolvi procurar um ginecologista pela primeira vez na minha vida, aos 33, absurdo não? Pois é infelizmente, quando nova, minha mãe nunca me levou a nenhuma consulta ginecológica e nem tão pouco conversávamos sobre isso, já adulta ouvia minhas amigas falarem sobre ida ao ginecologista, mas tinha muito medo.

1º Opinião Médica: ( EM BUSCA DA CURA): Bom, na consulta levei uma baita bronca, porque eu naquela idade ainda não tinha ido a um ginecologista, morri de vergonha, mas ainda tive coragem de falar com ele sobre o meu problema, já estava me sentindo péssima e fiquei um pouquinho pior!

Quando ele me consultou, percebeu a minha resistência e achou que eu tivesse um probleminha, disse: “-Agora entendo porque você ainda não tinha ido num ginecologista”, achava que eu tinha um probleminha emocional e deveria buscar ajuda terapêutica.

Tive uma segunda consulta com ele e pela ultrassom que fez, disse que eu tinha uma vagina muito estreitinha, diferente da outras mulheres. E o que ele poderia fazer por mim era uma cirurgia para alargar, mas mesmo assim eu teria que fazer um tratamento com uma psicóloga, se não como seria no pós- operatório?

Fiz o que ele pediu, procurei uma psicóloga, fiz um plano de saúde, mas orientada pela psicóloga, procurei uma segunda opinião médica!

Opinião Médica: Neste ginecologista, entrei com meu noivo, ele me examinou e disse que minha vagina era normal, me passou um calmante e um lubrificante e ainda contou de um caso de uma jovem que ele teve que dá uma cortadinha no hímen dela, no consultório dele, mas não quis fazer o mesmo comigo, saí feliz por não necessitar de cirurgia, mas triste por ele não querer me ajudar da mesma forma que ajudou a moça.

Não tomei o calmante, mas usamos o lubrificante, o que não ajudou em nada, nada, não entrava nada, mal podia imaginar entrar sequer um palito em mim, me dava um pavor!

Meu esposo passou a ter problemas com ereção e então fomos a um clínico que também era ginecologista, durante a consulta do meu esposo entrei com ele e disse para o medico dele que o problema era meu e contei minha história.

Opinião Médica: O médico que consultou meu esposo, me consultou depois e disse que eu tinha uma vagina infantil e que era uma em um milhão e me passou uma pomada que tem hormônio. Ele havia se interessado pela minha causa. Retornei nele e disse que eu não conseguia colocar aquela pomada em mim, ele colocou com muita resistência minha (no consultório dele). Por fim, ele me encaminhou para um hospital onde tratava de casos assim, mas que eu teria que me preparar psicologicamente, pois iria ficar exposta a estudantes que iriam me estudar!

É claro que não fui! E a cada dia ia aumentando aquele sentimento de rejeição, parecia que os médicos se cansavam de mim... Isso ia acabando com minha auto-estima.

 Todos tinham relação sexual, menos eu, o médico ajudou aquela moça e não quis me ajudar, o outro me encaminhou pra um hospital de estudo! Eu sou a única nesse mundo que tenho isso, pensei. Depois pesquisando na net, vi que não, tínhamos até nome: vagínicas! Fiquei arrasada, aliás tudo contribuía para me deixar arrasada!

 TRATAMENTO PSICOTERÁPICO: Então entrei em um site e vi a respeito de uma psicóloga que tinha experiências com vaginismo e resolvi procurá-la, pois a anterior não tinha tratado de ninguém assim e isso me deixava insegura.

Contei a ela meu o caso e ela disse que realmente eu tinha vaginismo. Iniciei o tratamento... Nesse período acabei me casando e continuei me tratando. No decorrer do tratamento, uma surpresa e pra nossa alegria acabei engravidando virgem! Foi o dia mais feliz das nossas vidas, meu esposo e eu ficamos radiantes, com isso nem fui mais ao tratamento com a psicóloga, achamos que eu ia me curar sozinha e com a gravidez estávamos radiantes

Como meu marido não queria ter relações por causa da barriga, o vaginismo ficou esquecido, mas eu continuava virgem e evitava falar sobre sexo, pois mexia muito comigo. Quando alguém relatava sobre  intimidade sexual, eu me calava pois eu não tinha, eu ainda era “ anormal” todo mundo tinha penetração , menos eu!

Opinião médica: Meu filho nasceu e foi mais uns dos dias mais felizes das nossas vidas. Eu só pensava nele, fiz o pré- natal com outra médica, pois o 1º médico disse que não podia acompanhar o meu pré-natal, pois ele iria está viajando! Mas no dia da minha Cirurgia, ele estava lá ajudando ela. Pensei: - Eu acho que ele não quis foi me ter como sua paciente, quem vai querer tratar de uma vagínica!

Foi aí que aconteceu mais uma opinião, minha obstetra disse que após seis meses teria que voltar lá, então eu pensei: -Pra que??? Perguntei a uma amiga minha e ela disse que era exame de rotina. Gelei quietinha!

Lá fui eu, ela sabia que eu era vagínica, mas colocou um aparelhinho e depois de muita resistência minha, ela conseguiu fazer o exame, ela foi paciente e mandava eu respirar e ela conseguiu. Disse que eu tinha passagem sim, mas eu que não deixava!

Meu filho foi crescendo, tentamos retomar nossa vida íntima, mas penetração nada! E as brigas começaram... Meu marido se tornou frio, eu cobrava dele ser mais carinhoso e ele disse que não tinha retorno meu, vivíamos como “amigos brigões” e carentes um do outro!
Mas nunca perdi minha fé! Pedia muito a Deus par me dar uma luz, abri um caminho para saber o que fazer... Psicóloga? Achava que ia demorar muito! Até que em 2013 descobri um ginecologista que fazia pequenas cirurgias e fui até ele.

Opinião Médica: Contei tudo e ele foi fazer o preventivo em mim, foi uma luta, quase não deixei, a ajudante teve que segurar a minha mão e eu chorava, e ele ainda depois quis fazer o tal do “toque” em mim. Conclusão: Me passou um calmante e disse que eu era normal, minha vagina era normal, e que poderia até fazer uma cirurgia sim, mas preferia que eu primeiro buscasse ajuda de um psicólogo, pois eu tinha vaginismo extremo!

Num momento em que ele fez o tal do “toque”, eu estava tão tensa que ele disse: -“Solta os meus dedos, solta os meus dedos! Eu prendi os dedos dele na minha vagina!!! E ele ainda disse: - “O que você sente, o que você sente?”. Parece que naquele momento acordei e percebi que eu não tinha sentido nada, como se a dor fosse emocional!

Um ano depois, nem pensei encarar um ginecologista. Dois anos depois, pensava que apesar do vaginismo, tinha que cuidar da minha saúde, mas como voltar lá, ainda vagínica? Ele iria me questionar e eu não estava preparada para questionamentos de novo.

 Pra salvar meu casamento, durante uma semana pedia Deus como nunca, que abrisse a janela dos céus e me ajudasse de alguma forma. Foi então que entrei num site e resolvi clicar novamente sobre Fisioterapeuta ginecológica RJ.

Eu já havia descoberto uma no inicio do ano (2015), mas era uma de São Paulo, mas não havia possibilidades deu eu ir pra lá. Eu pesquisava muito sobre vaginismo, mas foi em junho desde ano que descobri a Doutora Fernanda Pacheco!

Olhei a foto dela, olhei e olhei, e pensei: Perece que ela é paciente... Transpareceu serenidade. Vi seu impecável currículo e pensei... Será que ela vai falar comigo no WhatsApp?

Fiquei enlouquecida de felicidade e corri para contar para meu esposo que havia uma médica no RJ que tratava de vagínicas, entrei em seu blog, vi os depoimentos, mal podia esperar para ligar para ela. Pensei: será que ela vai me atender? Será que vai ser possível?

Liguei pra lá e ficou na caixa de recados, depois me retornaram, nem acreditei meninas, adicionei ao meu whatsApp e ela me retornou, e eu radiante, meu Deus não to crendo nisso!

Disse ao meu esposo sobre a descoberta e o tratamento e ele aceitou na hora!

A MELHOR PARTE DA HISTÓRIA- EM FIM A CURA
Então essa é a melhor parte da história Meninas... Se fosse possível, através de minhas palavras expressar a alegria da minha alma, quando coloquei os meus pés naquele lugar, quando estive na minha entrevista/ avaliação e ouvi da Doutora Fernanda que eu não era a única e que havia possibilidades total de cura e que a minha vagina não era infantil.

Ali seria então a 6º e última Opinião médica, foi ali também onde entendi como era o tratamento e a importância dos exercícios em casa.

Lembro-me como eu fiquei ansiosa com o primeiro exercício em casa, achei que não iria conseguir. Na primeira vez não consegui, com o primeiro dilatador, mas no segundo dia em casa, fui tentar de novo e consegui! Eu mal podia acreditar, antes nem um palito era capaz de entrar, agora consegui introduzir em casa, o primeiro dilatador.

Cada sessão com a doutora Fernanda renovava em mim uma esperança... Depois de algumas sessões (5),  tentei ter relações com meu esposo, mas não consegui a penetração, fui para a consulta e relatei. Ela disse: - Você vai conseguir! Todas conseguem!

Depois de 11 sessões. Eu consegui ter penetração total com meu esposo (sem dor ou ardência), o segundo dia mais feliz da minha vida! Tentamos mais uma vez para saber se era verdade e era isso mesmo. Conseguimos!!!
E HOJE?  Sou tratada como uma rainha, eu sou livre, sou uma mulher normal, meu coração não cabe de alegria e depois de tantos anos posso viver a verdadeira lua de mel.

Existe carinho entre nós, existe sorriso entre nós, o gesto carinhoso que um dia pertenceu ao namoro, hoje faz parte de nossas vidas, a gente se paquera, a gente se abraça, a gente conversa na cama... Não fujo mais dele! Antigamente eu ficava constrangida quando estava em um grupo onde mulheres falavam sobre sexo, hoje eu também posso falar, pois vivo isso!

Meu casamento foi restaurado, acabaram as cobranças e as brigas. Só agora descobri que as cobranças ao meu marido eram na verdade, uma projeção da minha insatisfação por não ser uma mulher completa. Antigamente se um copo ficava fora do lugar, era uma guerra que eu provocava, hoje se ele esqueceu a margarina fora da geladeira, eu pego e guardo, pois sou feliz!

Quero dizer a você que ainda é uma vagínica, acredite, um dia você será uma ex- vagínica e poderá desfrutar de uma vida sexualmente saudável!
Agradeço a Deus por ter conhecido Doutora Fernanda, por ter sido um canal de bênçãos em nossas vidas!

Doutora Fernanda, não há preço que pague a sua dedicação, o seu profissionalismo, não há preço que pague por não ter desistido de mim! 

Carinhosamente,

Assina

Uma Ex- vagínica, mãe, mulher e feliz!"

Espero que tenham gostado! Essa paciente é mto querida!

Meu email para contato : fernandapacheco84@hotmail.com
www.clinicaurofisio.com.br


Um comentário:

Carina disse...

Muiito parecida com a minha historia,parabens floor